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PROGRAMA DE DOCÊNCIA MAÇÔNICA

   PEÇA DE ARQUITETURA

 

Marconi Matareli Câmpara – Comp.: M.:

 

                                                  O SINAL DO GRAU 2

 

INTRODUÇÃO

 

De acordo com a Wikipédia, o sinal é um signo causado ou utilizado para suscitar uma reação pré-combinada e acordada, quer em grupo, quer individualmente, sob a forma de manifestações definidas da atividade humana. Ele leva os homens a uma ação, leva-o a fazer ou não fazer alguma coisa (...) o sinal é resultado de acordo explícito, válido para um certo grupo de pessoas; seu propósito é o de modificar, iniciar ou sustar uma ação; só é usado quando se pretende provocar o comportamento humano que ele deve suscitar. É certo que, como na comunicação verbal ou escrita, o sinal exprime os sentimentos e as intenções do ser humano, individual e coletivamente. Um exemplo do uso do sinal, em larga escala, é a linguagem de sinais usada pela comunidade dos surdos-mudos para comunicação entre si, que traz todo o alfabeto ortográfico representado em gestos e posições com as mãos e os braços. Todo sinal traduz a variedade da atividade humana e mostra-se envolto em um simbolismo.

 

PONTO DE VISTA MAÇÔNICO

 

 Na Maçonaria, principalmente, o sinal é uma das características básicas, usado nos rituais e para identificar o Grau a que pertence o obreiro. No Grau de Comp.:, que é o Grau 2, ele é feito de pé, os pés em um esquadro como no Grau 1; corpo ereto; a mão esquerda espalmada, mantido o polegar afastado, formando um ângulo de 90º, braço erguido, formando com o antebraço, outro esquadro; a mão não poderá ultrapassar a cabeça, com o significado de que a mente deve permanecer sempre em posição mais elevada. O conjunto das posturas (sinal) que traduz completamente o simbolismo (o que demonstra) deste ato, deve ser feito no seu todo. A começar pela base, os pés em esquadro se encontrando em 90º, formando um ângulo de ajuste, equilíbrio e normalidade que caracterizam uma base segura e alinhada. As pernas eretas, como as colunas de sustentação de um Templ.: humano, simbolizam a firmeza da posição vertical, estando o obreiro sempre de “pé e a ordem”. O abdome, pescoço e cabeça rígidos, o rosto erguido, o olhar à frente e os lábios cerrados simbolizam a obstinação e a resistência. O braço esquerdo erguido e a mão esquerda espalmada com o polegar afastado descrevem duas esquadrias, formando linhas de retidão que devem nortear a vida maçônica, sendo que esta posição pode denotar um sinal de vitória, o portar o estandarte que se defende, da verticalidade da altivez, um ponto de captação, acumulação, distribuição e irradiação de energias. Por fim, os gestos sincronizados de erguer o braço esquerdo (vertical) e espalmar a mão esquerda (abrir), enquanto o braço direito vai à altura do peito (horizontal) e se contrai a mão direita (fechar) sobre o coração, representam os movimentos opostos do equilíbrio.

 

CONCLUSÃO PESSOAL

 

O sinal do Grau 2 simboliza como deve ser a conduta e a postura de um Comp.:, pautadas pelo equilíbrio, razão, força e aperfeiçoamento. Do trabalho árduo do desbaste da P.: B.:, o obreiro agora se entrega ao polimento da P.: Cub.:, que deve ser fruto de sua meditação e estudo, apoiado em sua própria razão. O Comp.: já sabe ler e escrever, portanto encontra-se preparado para empreender a jornada de aperfeiçoamento na vida maçônica, angariando os conhecimentos e acessando os mistérios maiores de nossa Ord.:. Muda-se o Gr.:, mudam-se os simbolismos e os temas a serem estudados, confirmando a evolução do maçom na subida da misteriosa escada de Jacó, onde divisará a Estr.: Flamej.:, foco da V.: L.:, conforme palavras do Ir.: 2º Vig.: ao final do ritual de elevação ao Gr.: 2. Espero poder honrar a oportunidade que me é concedida pelo G.: A.: D.: U.:, nesta caminhada rumo à elevação moral e espiritual, correspondendo com uma maior entrega aos trabalhos em oficina e com mais afinco nos estudos dos ensinamentos maçônicos, sempre com o objetivo de me tornar um maçom mais fraterno e valoroso para com todos os IIr.: e a humanidade.

 

REFERÊNCIAS

 

 

1 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal. Consulta realizada em 19/08/2011.       

 

2 – JAKOBI, Heinz Roland.GRAUS SIMBÓLICOS - COMPÊNDIO MAÇÔNICO. 1ª Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha”. 2007. Págs. 312 e 313

 

3 – DA CAMINO, Rizzardo – SIMBOLISMO DO 2º GRAU “COMPANHEIRO”. Reprodução. Pág. 18 a 21.

 

4 - Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. RITUAL E INSTRUÇÃO DO GRAU 2. R.: E.: A.: A.:. Iniciação. Grau de Companheiro. Elevação. 1999. Págs. 29 a 48

 

                                     Oriente de Belo Horizonte-MG, 22 de Agosto de 2011

 

                                                      Marconi Matareli Câmpara

                                                                   Comp.: M.: