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A.’. G.’. D.’. G.’. A.’. D.’. U.’.
A.’. R.’. L.’. S.’. REDENÇÃO SUL MINEIRA Nº 1105
TRABALHO: “SALA DOS PASSOS PERDIDOS”
No edifício Maçônico, o Templo situa-se na parte mais interna e vem separado da Sala dos Passos Perdidos pelo Átrio, sendo certo que em muitas oficinas a Sala dos Passos Perdidos também faz às vezes do Átrio, em razão da escassez de espaço físico.
Ao perguntarmos a um profano o que a expressão “sala dos passos perdidos” significa, na maior parte dos casos, a resposta remeterá a um determinado local onde se caminha sem destino algum.
Analisando a origem histórica de tal expressão chegamos à conclusão de que essa resposta não está de todo equivocada.
Neste sentido, vale ressaltar que a expressão “sala dos passos perdidos” tem origem no Parlamento Inglês do século XIII, e representava a sala de espera, onde as pessoas aguardavam uma entrevista com os parlamentares, circulando sem rumo definido, sem destino exato, daí a denominação “Passos Perdidos”, ou seja, que leva a lugar nenhum.
Observe-se que vários Tribunais distribuídos pelo Brasil e pelo mundo têm em seus prédios a “Sala ou Salão dos Passos Perdidos”, tudo em decorrência da origem histórica acima descrita.
Em resumo, podemos conceituar a “sala dos passos perdidos” como o local ou a sala de espera para aguardar o inicio dos trabalhos e onde são tratados os mais diversos assuntos.
Vale ressaltar que neste local não existe ordem nem ritualística, as pessoas transitam pela sala em qualquer direção, formam grupos em diálogos de todos os tipos, nada tem rumo, daí a semelhança com a ante-sala do parlamento inglês.
Neste mesmo sentido, aproveita-se o tempo para pagar emolumentos ao irmão tesoureiro, para assinatura do livro de presença junto ao irmão chanceler, além da solução de outros assuntos burocráticos ligados à oficina.
Por outro lado, cabe salientar que a denominação da Sala dos Passos Perdidos também tem o seu sentido poético, onde significa o mundo em que a humanidade transita sem rumo certo, porque, se a vida é apenas uma fase passageira, raramente o homem planeja com acerto a trajetória que deve seguir nos anos que lhe são determinados pela vontade superior.
Assim, constitui tal sala a continuidade do espaço profano, em que subsiste a promiscuidade e perdura a individualidade
Pelo ponto de vista exotérico, esse convívio dos irmãos é necessário para a “descarga” das pressões, para “purgação” dos efeitos resultantes da promiscuidade do mundo profano e para a “limpeza” da área espiritual.
Pelo fato da Sala dos Passos Perdidos preceder o Átrio, ela mantém a energia necessária para que os ímpetos profanos se amenizem, a fim de preparar a mente para o ingresso no Templo.
Aos poucos, no ambiente agradável de verdadeira amizade, o Mestre de Cerimônias distribui as jóias, atributo do respectivo cargo, e começa a preparação para o ingresso no Templo.
Forma-se o ambiente adequado e que conduz a um “bem-estar”, numa verdadeira convergência de energias entre os irmãos que deve prevalecer para que os trabalhos ocorram de forma justa e perfeita, sob a proteção do Grande Arquiteto do Universo.
Valho-me desta oportunidade para agradecer ao G.’. A.’. D.’. U.’., ao V.’. M.’., meu padrinho e todos os IIr.’. desta A.’. R.’. L.’. S.’. Redenção Sul Mineira, pela oportunidade desta nova jornada em minha vida!
A.’. M.’. José Eduardo Narciso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Primeiro Grau – Aprendiz;
GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Ritual do 1º Grau : Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito