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O Painel do Grau de Aprendiz
Definição
"Painel", do castelhano, significa "pano"; o nosso ''Aurélio", define como: quadro, pintura, retábulo; relevo arquitetônico em forma de moldura, sobre um plano.
Em resumo, é um "quadro" que os ingleses denominam de "Tracing Board", ou seja, a conhecida "tábua de delinear" ou a simples "prancheta", jóia imóvel da Loja.
Pequeno Histórico
Quando nos deparamos com o Painel do Aprendiz, percebemos de imediato que se trata da representação ideal de uma Loja Maçônica, com todos os elevados conhecimentos e instrumentos de trabalho que compõem o Grau de Aprendiz Maçom, que nos remetem aos tempos da Maçonaria Operativa e da construção dos Grandes Templos da Humanidade, como o Templo de Salomão
Primitivamente, quando inexistiam Rituais específicos, os Maçons quando se reuniam, desenhavam no piso do local, com carvão, alguns Símbolos Maçônicos, assim como os cristãos desenhavam a Cruz, em seus encontros escondidos. Nos locais onde não havia piso, como nas grutas, nos galpões e mesmo ao ar livre, esses Símbolos eram "riscados" no solo.
O fato de a mão do desenhista ou do gravador, criar os Símbolos, já estava demonstrando um poder da mente ser materializada em desenho, surgindo, ao passar dos tempos, uma série de Símbolos que expressavam o desenvolvimento da Idéia.
Esses desenhos eram, por ocasião do encerramento das Sessões, "apagados", sem deixar vestígios. Em alguns Ritos, esses desenhos ou Símbolos, apresentavam-se "bordados" em panos, que eram desenrolados ao início dos trabalhos e recolhidos ao encerramento.
As Lojas, no princípio eram instaladas ao ar livre o que justifica a referência às suas dimensões: do Oriente ao Ocidente, do norte ao sul, da altura à profundidade. Na parte ocupada, ou sob uma árvore ou em campo descoberto, no solo arenoso e limpo, eram gravados com estilete os Símbolos que caracterizavam uma Loja Maçônica.
Quando o tempo era instável e adverso com chuvas prolongadas, os Maçons não podiam reunir-se ao ar livre e se não houvesse um refúgio natural, era buscada uma casa "abandonada", pois era rigorosamente vedado instalar a Loja em local habitado. Essa fase foi superada quando foi decidido que as reuniões seriam nas tabernas; não há uma descrição convincente, todavia, se nessas reuniões, seriam ou não, desenhados no piso, os instrumentos simbólicos.
A informação certa é que em 1772, a Grande Loja da Inglaterra, ordenou a construção do ''Freemason's Hall", concluída em 1776, onde foi erguida especificamente, a primeira Loja como Templo fixo.
Por sua vez, o Grande Oriente de França, no ano de 1788, proibia que as Lojas Maçônicas se reunissem em tabernas. Como vemos, portanto, o edifício exclusivo para abrigar uma Loja, tem data relativamente recente. De 1776 a 1820, nessas Lojas "a coberto", decorridos apenas 44 anos, ainda era mantida a tradição de desenhar com carvão no piso da Loja, os Símbolos que caracterizavam a Maçonaria Operativa.
John Harris (1823)compôs o primeiro "Quadro'' fixo, o que veio substituir, os referidos desenhos no piso, ele o pintou sobre uma tela sem ser emoldurada que era "desenrolada" à frente do Altar, através de singelo cerimonial, depois da abertura do Livro Sagrado.
Posteriormente, transformou-se em Quadro emoldurado o qual após a Sessão era recolhido a uma estante, para permanecer fora de vista dos Irmãos.
O que inspirou John Harris a construir o Quadro, foi o fato que pouco antes, a gravação com carvão no piso da Loja, havia sido substituída pela gravação sobre a "Prancheta da Loja". Essa "Prancheta" decorria da referência bíblica, quando Adonhiram a usava para projetar a sua obra de artífice, no embelezamento do Grande Templo de Salomão. A gravação na Prancheta, por sua vez, também era provisória, pois, cancelava-se ao término da Sessão. Sendo a Prancheta de lousa ou de madeira escura, para o desenho, o carvão era substituído pelo giz. Contudo, Harris, para conservar a tradição, "desenhou" no Painel, os Símbolos em negro, que simbolizava o carvão.
Hoje, o Quadro é denominado especificamente, com o nome de “Painel”.
Atualmente, os Templos Maçónicos têm todos os símbolos representados num “Quadro simbólico” encaixilhado, no eixo longitudinal do Templo, entre as colonetas da “Sabedoria”, “Força” e “Beleza”, voltado para o Oriente, de modo a permitir a livre circulação entre o Norte e o Sul e entre o Altar e as Colunas “J” e “B”.
São usados no Brasil dois diferentes Painéis para o grau de aprendiz do Rito Escocês Antigo e Aceito:
- Elaborado pelo Ir:. John Harrisc(1823) = rito York
- Painel do R:. E:. A:. A:. Adotado pelas lojas francesas, com pequenas variações meramente artísticas sem afetar seus conteúdos.
Painel da Loja de Aprendiz
O Painel da Loja de Aprendiz nos mostra que a forma da Loja é a de um quadrilongo; seu comprimento é do Oriente ao Ocidente; sua largura, do norte ao sul; sua profundidade, da superfície ao centro da Terra; e sua altura, da Terra ao Céu. A Loja é representada desse modo, numa tão vasta extensão, para simbolizar a universalidade de nossa Instituição e mostrar que a Caridade do Maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência.
Mostra-nos também, que a loja é Orientada do Or.: ao Oc.: (leste a oeste) porque: 1º - o Sol, a maior Glória do Senhor, nasce no Or.: fazendo este percurso para oculta-se no Oc.: 2º - A civilização e a ciência vieram do Or.: para o Oc.: espalhando as mais benéficas influências 3º - A doutrina do Amor, da Fraternidade e o exemplo do cumprimento da Lei ,vieram também, do Or.: para o Oc.: trazidos pelo Divino Mestre.
Atualmente, os Templos reproduzem todos os símbolos do painel. No eixo longitudinal do Templo, estende-se, sobre um cavalete, voltado para o ocidente, o Painel Simbólico do Grau, de modo a permitir a livre circulação entre o Norte e o Sul. Entre o painel simbólico do grau e o Altar dos Juramentos deve haver espaço suficiente para a passagem de uma pessoa.
Os Elementos do Painel:
- Painel do Rito de York: utilizado para o R:. E:. A:. A:.
* As JÓIAS da Loj.: são três MÓVEIS e três FIXAS.
As MÓVEIS, assim chamadas porque são transferidas, a cada período, aos novos VVen.: e VVig.: quando da passagem da administração são: o Esq.:, o Niv.: e o Pr.:.
O Esquadro e o Compasso - O Esquadro e o Compasso formando um único emblema é certamente o distintivo mais conhecido da Maçonaria no mundo profano e o Símbolo mais representativo da filosofia maçônica. Como Paramentos, o Compasso e o Esquadro representam a aspiração do homem pela Justiça e pela Retidão. Simbolizam a medida justa que deve presidir todos os atos e ações do verdadeiro Maçom, que não pode se afastar nem da Justiça nem da Retidão.
O Nível - Maçonicamente simbolizado é formado por um Esquadro justo, ou seja, um Esquadro cujo ângulo no ápice tem 90º e representa a igualdade social, Base do direito natural. Lembra-nos que é preciso considerar todas as coisas com igual serenidade. O Nível representa também o equilíbrio que deve haver em tudo. Maçonicamente é utilizado para medir Horizontalidade, após ter trabalhado a Pedra Bruta usa-se o Nível para um resultado final, ou seja o Aprendiz após ter adquirido um tempo merece um aumento, vez que soube auto nivelar-se
O Prumo - O Prumo ou Perpendicular é o instrumento formado por uma peça de metal suspensa por um fio, utilizado para aferir se um objeto qualquer está na vertical. Significando que o Maçom deve ser reto em seus julgamentos. É o emblema da busca pela verdade, do Prumo, do Equilíbrio. Representam a Prudência e Bom Senso, virtudes do Maçom e representa a Justiça e Equidade.
É o Símbolo da pesquisa em profundidade do Conhecimento e da Verdade.
Lembra aos Iniciados que todos os seus atos e pensamentos devem ser justos e medidos para o levantamento de um Templo moral justo e perfeito.
As FIXAS são a Prancheta da Loj.:, a P.: Br.: e a P.: Pol.:
- A Pedra Bruta: simboliza o Aprendiz, as imperfeições do espírito e do coração que o Maçom deve se esforçar ao Maximo ao corrigir, marcando-a e desbastando até que seja julgada. Pedra Bruta é o material em estado natural até que pela Constancia e empenho do obreiro fique em devida forma para poder entrar na construção de uma edificação maior. Pedra essa que representa a inteligência e sentimento do homem em estado primitivo, áspero e dotado de imperfeições, mas que ao passar do tempo seguindo as instruções dos Mestres Maçons adquira educação liberal e virtuosa possa fazer parte de uma sociedade civilizada.
- A Pedra Cúbica: representa o saber do homem no fim da vida, quando aplicou atos e piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência esclarecida. Chamam-se fixas essas jóias porque permanecem imóveis em Loja como um Código de Moral aberto à compreensão de todos os Maçons.
- A Prancheta: simboliza o Mestre, é um Retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto Maçônico. É nela que o Mestre estabelece seus planos. Em seu simbolismo a Maçonaria chama o papel sobre o qual se escreve de Prancha de Traças e substitui o verbo escrever pela expressão “Traçar uma Prancha” O Alfabeto Maçônico é uma escrita criada pela maçonaria para comunicação gravada nada mais é do que uma serie de sinais hieróglifos coordenadas por duas chaves orientativas
* Os PARAMENTOS da Loj.: são constituídos pelo Liv.: da L.:, o Comp.: e o Esq.:.
O Liv.: da L.: representa o Código de Moral que cada um respeita e segue, é a fé que nos governa e anima.
O Comp.: e o Esq.:, que só se mostram unidos em Loj.:, representa a justa medida e a retidão que devem presidir todas na nossas ações, que não podem afastar-se da justiça, tampouco da retidão, que regem todos os atos de um verdadeiro Maçom. As pernas do Com.:, ocultas sob o Esq.:, significam que o Apr.: só trabalha para desbastar a P.: Br.:, não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra ainda não estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.
Esquadro com seus ramos voltados para o oriente, compasso pontas voltadas para o ocidente sobre o livro da lei no altar dos juramentos, sua posição determina em que grau a loja esta trabalhando. Do Aprendiz: esquadro sobre o compasso: matéria ainda domina o espírito.
* Os Ornamentos são: o Pav.: Mos.: a E.: Flamej.: e a Orla Dentada.
O Pav.: Mos.: com seu losangos brancos e pretos nos mostra que apesar das diversidades a Humanidade foi criada para viver na mais perfeita Harmonia, na mais íntima Fraternidade.
A E.: Flamej.: representa a principal Luz da Loj.:, simboliza o Sol, Glória do Criador, e nos dá exemplo da maior e da melhor virtude que deve ornar o coração de um Maçom: a Caridade. Espalhando Luz e Calor (ensino e conforto) por toda parte onde atingirem seus raios, ela nos ensina a praticar o Bem a todos aqueles que necessitarem e até onde a nossa Caridade possa alcançar.
A Orla Dentada mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizada pelo Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os filhos reunidos em volta dos pais; os Maçons reunidos em torno da Loj.: onde aprendem ensinamentos e moral para espalha-los aos quatro cantos do Orbe Terrestre.
As Luminárias
- Definição
O Sol e a Lua representam o antagonismo da natureza - dia e noite, afirmação e negação, claro e escuro, pólos positivo e negativo, ativo e passivo, aspectos masculino e feminino - que, contraditoriamente, gera o equilíbrio, pela conciliação dos contrários.
As Estrelas simbolizam a multiplicidade, a variedade e a infinita totalidade de Irmãos Maçons.
O Sol - O Sol é o vitalizador essencial, a fonte de luz e vida, o princípio ativo, o Pai de generosa fecundidade que nasce no Oriente, de onde vieram a civilização e as ciências.
- No P:. Ir:. Harris: Lado Esquerdo, York: Direito
A Lua - A Lua, é o amor, o princípio passivo, levanta-se quando o Sol se deita e reina resplandecente no céu estrelado, não com sua própria luz, mas refletindo a luz solar.
As Estrelas - As diversas Estrelas distribuídas irregularmente no, simbolizam a Universalidade da Maçonaria e lembram que os Maçons, espalhados por todos os continentes, devem, como Construtores Sociais, distribuir a Luz de seus conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da Verdade.
Os Demais Elementos
O Maço e o Cinzel :
O Maço ou Malho é um instrumento contundente semelhante ao martelo, embora geralmente mais pesado e desprovido de unhas, utilizado para quebrar ou desbastar.
Diferentemente do Malhete, que é um Maço em tamanho menor e de uso privativo do V\M\e dos VV\, por simbolizar a Autoridade, o Maço é um instrumento de trabalho do Aprendiz.
O Maço simboliza a Vontade que existe em todos os homens e que precisa ser canalizada eficientemente para que não resulte em esforço inútil.
O Maço é a Energia, a Contundência, a Força e a Decisão que se fazem necessárias para que o Aprendiz persevere em seu trabalho, não esmorecendo ao primeiro revés.
Quando utilizado de forma desordenada, o Maço pode se transformar em uma poderosa ferramenta de destruição, porém, seu uso disciplinado o faz um instrumento indispensável.
O Cinzel - O Cinzel é um instrumento utilizado para trabalhos que exijam apuro e precisão, formado por uma haste de metal em que um de seus lados é perfuro-cortante e o outro apresenta uma cabeça chata, própria para receber o impacto de uma ferramenta contundente.
Como o Malho, o Cinzel é um instrumento do Aprendiz, que com eles trabalha na Pedra Bruta, Símbolo da personalidade tosca e inculta.
O Cinzel é o instrumento que recebe o impacto do Malho, dirigindo a força daquele de forma útil. Como canalizador da Vontade representada pelo Malho, o Cinzel simboliza o Discernimento, a Inteligência, que dirige a Força da Vontade.
Tal como o Malho (a Vontade), o Cinzel (a Inteligência), por si só não garante um trabalho eficiente.
O Maço e o Cinzel Associados - Tal como o Malho (a Vontade), o Cinzel (a Inteligência), por si só não garante um trabalho eficiente.
Funcionando de forma independente, geralmente não produzem um trabalho satisfatório, não garantem que o trabalho se conclua, não asseguram que a meta seja alcançada.
No Painel, estes dois Símbolos estão unidos, demonstrando que ambos precisam atuar harmonicamente para que se consiga atingir os objetivos colimacios.
A associação do Malho com o Cinzel nos indica que a Vontade e a Inteligência, a Força e o Talento, a Ciência e a Arte, a Força Física e a Força Inteiectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Policia.
As Três Janelas - As Três Janelas gradeadas estão figuradas no Painel, no Oriente, no Sul e no Ocidente. Essas três Janelas simbolizam o caminho diário aparente do Sol. A do Oriente traz a doçura da aurora, suave e agradável, convidando os OObr\ao trabalho; pela do Sul ou Meio-Dia, passa um calor mais intenso, que induz à recreação; pela do Ocidente entram os últimos lampejos de luz, do Sol poente, sempre mais fraca e que incita ao repouso.
Alguns autores entendem que as três Janelas simbolizam também as três fases da vida humana e os da Escola Mística os três aspectos da divindade.
A Corda com Sete Nós - A Corda com 7 nós ou laços emoldura o Painel representando a Corda de 81 Nós. Para alguns autores, os 7 nós representam, como as 7 pontas da Estrela Brilhante e as 7 Estrelas, as 7 Artes e Ciências Liberais que o Maçorn deve estudar. Outros dizem que os nós representam os segredos que envolvem os nossos mistérios, posto que o número 7 está associado à Perfeição.
A Corda de 81 Nós - A Corda de 81 Nós simboliza a Cadeia de União, o sentimento de profunda e indissolúvel união fraterna com que estão ligados todos os Maçons, não importando suas aparentes diferenças. A Corda de 81 Nós está presente na ornamentação da Loja. É um grande cordão que corre pela frisa, formando de distância em distância 81 nós emblemáticos, e terminada por duas borlas pendentes em cada lado da porta de entrada.
Os Três Degraus - Os três degraus antes do Pórtico, figurados no Painel, representam a idade do Aprendiz, correspondente ao tempo que os Maçons Operativos necessitavam para serem elevados ao Grau de Companheiro. Somente após vencer os três Degraus, isto é, o tempo de permanência no Grau 1, é que o Aprendiz atingia o Pórtico e entrava na obra que se estava construindo. Segundo a Escola Mística, os três Degraus demonstram os esforços que deverão ser desenvolvidos para se passar aos três planos através dos quais se manifesta o Ser Humano ou Ternário Humano (Corpo, Alma e Espírito). Eles representam sucessivamente o plano físico ou material, o plano astral ou intermediário e o plano psíquico, mental ou espiritual, que constitui a essência imaterial.
O Pórtico - O Pórtico representa a entrada do Templo de Salomão, Símbolo da obra maçônica.
Tal como Salornão edificou um Templo para adorar a Deus, os Maçons também se dedicam, como Construtores Sociais, na construção de uma sociedade humana ideal, tornada perfeita pelo aperfeiçoamento moral e intelectual. O Pórtico é assim o umbral da Luz, a porta de entrada para o atingimento da Perfeição e o conhecimento da Verdade. Ao adentrar no Templo, que representa o Universo, o Aprendiz torna-se apto, pelo estudo, pelo trabalho, pela prática da filantropia, enfim, por uma formação moral e intelectual livre, a tornar-se um verdadeiro Maçom.
O Delta - O Delta é a quarta letra do alfabeto grego, representada como um triângulo eqüilátero, figura considerada perfeita por ter seus ângulos e lados iguais. É um dos Símbolos mais importantes e antigos utilizados para representar a Trindade Divina. O Deita está sobre o Pórtico, como que para lembrar aqueles que o transpõem que, suas ações e pensamentos deverão estar debaixo dos preceitos preconizados pelo L\ L\ e que a busca da Perfeição e da Verdade resultarão em um encontro com a Divindade.
As Colunas “J” e “B” - Flanqueando o Pórtico, vemos no Painel duas Colunas de ordem Coríntia encimadas, cada uma delas, por três Romãs entreabertas. No fuste da Coluna da esquerda está gravada a letra “J” e no da direita a letra “B”. As Colunas "J" e "B", ou Colunas Vestibulares ou ainda Colunas Soisticiais, estão presentes em todos os Templos Maçônicos e sua posição varia conforme o Rito. No Templo de Salomão estas duas Colunas encontravam-se no vestíbulo, antes da entrada do Templo, que ficava no Oriente e não no Ocidente como no Templo Maçônico e foram fundidas em bronze pelo artífice Adonhiam. Na Coluna “J”, presidida pelo S\V\, sentam-se os Aprendizes e na Coluna B, presidida pelo P\V\, sentam-se os Companheiros.
As duas Colunas possuem um s:gnificado simbólico muito importante. Por enquanto, poderíamos dizer que elas representam os dois pontos soisticiais; representam os trópicos de Cáncer (B) e de Capricórnio (J), com o Equador passando entre eles o se estendendo até * Deita, no Oriente;
Booz significa "nele está a força" e Jachim "Ele firmará" e, ou seja "nele está a força que firmará", significando conjuntamente que Nele, em Deus (GADU), está a força necessária à estabilidade, ao sucesso.
As Romãs - A Romã é o fruto da romãzeira (Punica granatum), arvoreta ou arbusto da família das punicáceas. As Romãs semi-abertas nos capitéis das Colunas, divididas internamente por compartimentos cheios de considerável número de sementes, sistematicamente dispostas e intimamente unidas, lembram a Fraternidade que deve haver entre todos os homens e sobretudo entre os Maçons. As Romãs representam, portanto, a Família Maçônica Universal, cujos membros estão ligados harmonicamente pelo espírito de Ordem e Fraternidade.
As Romãs simbolizam também a Harmonia Social, pois só com as sementes juntas umas às outras é que o fruto toma a sua verdadeira forma.
CONCLUSÃO
Hoje em dia, estamos todos, assoberbados de compromissos. Muito trabalho, muitos afazeres, muitas reuniões... Uma correria desenfreada em busca de DINHEIRO, SUCESSO E FELICIDADE. Por muitas vezes esquecemo-nos de nós mesmos e deixamos de cuidar de NOSSO PROGRESSO MORAL e INTELECTUAL, os verdadeiros caminhos pelos quais teremos SUCESSO para alcançar a FELICIDADE.
A Maçonaria vem, através de seus ensinamentos, ministrar seu ensino por meio de símbolos e alegorias, pelos quais oculta suas verdades ao mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos, sendo o 1º Grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a Moral Maçônica do Aperfeiçoamento Humano. COMPETE A CADA UM DE NÓS, o trabalho de desbastar a P:. Br:., isto é, desvencilhar-nos dos defeitos e paixões profanas, para poder concorrer para A CONSTRUÇÃO MORAL DA HUMANIDADE – a verdadeira obra da Maçonaria
O painel do aprendiz representa o longo caminho que o aprendiz deve percorrer para poder atingir através do trabalho e pela observação o domínio próprio e ao reconhecer o significado de cada um dos seus elementos está apto a receber maior luminosidade e assim ascender a novos níveis evolutivos na Maçonaria.
Bibliografia:
Da Camino, Rizzardo. “O Delta Luminoso”. Editora Aurora, 1973.
Nogueira Filho, Samuel. “Maçonaria, Religião e Simbolismo”. Traço Editora, 1984.
Newton, Joseph Forton. “The Builders”. Phoenix Masonry, 2005.
Pike, Albert. “Moral e Dogmas do Rito Escocês Antigo e Aceito”, tradução livre, 2006.
Street, Oliver Day. “Symbolism of the Three Degrees”. Phoenix Masonry, 2007 – contribuição do Ir.’. Ralph Omholdt.
Fernando Augusto Jeronymo Jorge - A:. M:.
Loja Maçõnica Redenção Sul Mineira